quinta-feira, 8 de março de 2012

E você, será que ama de verdade?

Amor, sentimento tão sublime, tão fértil, tão forte! Que nos faz esquecer quaisquer desavenças, orgulho, egoísmo e até insultos.



Dizer “eu o amo” é fácil, porém sentir amor com plenitude e verdade, é como renunciar à própria vida em benefício do outro. É se doar incansavelmente, sem pedir nada em troca. É ver a alegria total nos olhos da pessoa, mesmo sem tê-la nos braços. É desejar todos os dias que o Criador sustente-a em todas as situações penosas ou dolorosas. É orar em penitência para que todos os seus desejos e objetivos sejam alcançados. É perdoar em quaisquer situações. É esperar por muitas encarnações e poder dizer: “como esperei por  este dia, mas por você, esperaria muitas e muitas outras encarnações. Sempre o estarei esperando”.

Falo de “amor” de um modo geral. Não há peso, nem medida; não há sexo, nem cor, não há raça, nem credo. É aquele sentimento que é sentindo por um filho, um pai, uma mãe, um amigo e que faz a todos felizes e completos.

Estamos presos a um corpo físico, e, portanto nós temos a tola ilusão de que somos apenas esta matéria que nos reveste. Mas não! Nós somos muito mais que isso. Nós somos Espíritos, somos a centelha do amor divino, somos fragmentos de Deus, interligados pelas forças universais, crescendo, evoluindo, aprendendo e nos reencontrando a cada encarnação, para ajustarmos as nossas diferenças e estreitarmos os nossos laços de amor.

Pena que este sentimento ainda seja tão incompreendido neste plano físico. Muitos irmãos sequer ousam a sonhar que um dia conseguiram amar de verdade. Amar com desprendimento.  Aqui, na Terra, ele ainda é confundindo com paixão. O que se observa por aqui é o amor egoístico, o amor possessivo, o amor delimitado, o amor interesseiro, amor carente, o amor vantajoso, o amor sufocante, e etc.. Temos a tola imagem de que a pessoa amada precisa ser como a que habita em nossos sonhos, e assim vamos tentando moldá-la a todo custo. Querendo que suas atitudes sejam pré-estabelecidas. Acabamos proibindo, sufocando, exigindo, usando, podando, vetando, tolhendo e aprisionando.

Buscamos no companheiro, no filho, no amigo aquilo que não conseguimos realizar por nós mesmos e nos frustramos se o resultado não sai como o esperado. Somos ainda tão imperfeitos que não sabemos amar de verdade e acabamos dizendo “eu te amo” de forma totalmente equivocada. Muitos desfechos infelizes poderiam ser evitados se soubéssemos que ninguém é de ninguém. Que cada ser tem a sua própria essência, sua missão, seus ajustes, suas vivências e portanto necessita ter mantida sua individualidade. Precisamos entender que a nossa felicidade não está relacionada a outro ser e que ela só depende de nós mesmos.

E você, será que ama de verdade? ;)

Um comentário:

Rubens disse...

Excelente o texto, Aninha! Com muita maestria, conseguiste abordar com naturalidade um assunto tão complexo e tão desafiador. E não é por menos, minha querida, pois vai ao encontro do som do teu imenso coração.

Beijo do "gordooo"!!!