terça-feira, 14 de dezembro de 2010

DEPRESSÃO: Sob a visão espiritual.

    Depressão é uma tristeza profunda e prolongada, é um estado de espírito de melancolia, abatimento ou desespero. A intensidade e a duração desse estado dependem da personalidade, dos fatores que desencadeiem o processo e da situação atual da vida do paciente. A depressão é um estado emocional que pode acompanhar o ser onde quer que ele se encontre, no corpo ou fora dele, podendo-se reencarnar com depressão após ter desencarnado neste estado.

    Considerando a complexidade da vida moderna, suas lutas e incertezas, é muito natural não se conseguir manter um estado psíquico positivo inalterável. É compreensível que vez ou outra aprensentemos algumas tristezas, mágoas, aborrecimentos que, num certo grau e, desde que seja passageiro este estado, não pode ser qualificado em depressão. Porém mesmo que seja normal o ser se sentir deprimido vez ou outra, em algumas situações, isto de modo algum justifica que o ser permaneça indefinidamente nesse estado. Alguns estudiosos afirmam que se uma tristeza profunda perdurar por duas semanas, sem indício de recuperação, já poderá ser diagnosticado como sendo uma depressão clínica.

    Para a visão espiritualista a depressão é uma intimação das leis da vida convocando a alma a mudanças inadiáveis. É a “doença-prisão” que cassa a liberdade do espírito rebelde, viciado em ter seus caprichos atendidos. Vício sedimentado em milênios de orgulho e rebeldia por não aceitar as frustrações do ato de viver. Em tese, depressão é a reação da alma que não aceitou sua realidade pessoal como ela é estabelecendo um desajuste interior que a incapacita de viver plenamente. Ou seja, o ser através de suas reações demonstra insatisfação em concordar com a Vontade Divina. Estar deprimido é um estado de insatisfação crônica, que roubam do ser humano a alegria de viver, de continuar sua marcha, de cultivar sonhos e lutas pelos seus ideais.

Alguns exemplos para ilustrar o estado de um ser deprimido:

• O desânimo no comprimento do dever.

• A insegurança obsessiva consigo mesmo.

• A ansiedade inexplicável.

• A solidão em grupo.

• A impotência perante o convite das escolhas.

• A angustia da melhora.

• A aterrorizante sensação de abandono.

• Sentir-se inútil.

• Baixa tolerância às frustrações.

• O desencanto com os amigos.

• Medo da vulnerabilidade.

• A descrença no ato de viver.

• O hábito sistemático da queixa improdutiva.

• A revolta com normas coletivas para o bem de todos.

• A indisposição de conviver com os diferentes.

• A relação de insatisfação com o corpo físico.

• O apego aos fatos passados.

• O sentimento de menos-valia perante o mundo.

• O descaso com os conflitos, a negação dos sentimentos.

• A inveja do sucesso alheio.

• A desistência de ser feliz.

• A decisão de não perdoar.

• A inconformação perante as perdas.

• Fixação obstinada nos pontos de vista.

• O desamor aos que nos prejudicam.

• O cultivo do personalismo – a exacerbada importância pessoal.

• O gerenciamento ineficaz da culpa.

• As aflições-fantasma com o futuro.

• A tormenta de ser rejeitado.

• As agruras perante as críticas.

• Rigidez nas atitudes e nos objetivos.

• Conduta perfeccionista.

• Sinergia com o pessimismo.

• Não aceitação de doenças físicas.

• Impulso para desistir dos compromissos.

• Pulsão para controlar a vida.

• Irritabilidade sem causas conhecidas.



    Todas essas ações ou sentimentos são sinais de depressão na alma, porque criam ou refletem um desajuste na criatura com a sua existência. Levam as pessoas a roubarem de si mesmas a energia de viver. São rejeições a sabia e justa vontade Divina. Bilhões e bilhões de homens, na vida física e extra-física, estão deprimidos ou constroem “estufas psíquicas” para futuras depressões reconhecidas pela ótica clínica. Arrastam-se pela animalidade e pelo mundo racional. Lutam para se livrar da pesada crisálida magnética dos instintos e assumir sua gloriosa condição de filhos de Deus e criadores na Obra paternal. Vivem, mas não sabem existir! Perambulam, quase sempre, na alegria de possuir e raramente alcançam o prazer de SER. Ora escravos das lembranças do passado, ora atormentados pelo medo do futuro.

    O depressivo, em regra, é alguém que através do tempo e das reencarnações vividas vem arquivando experiências negativas, sendo oportuno dizer que nesse arquivo todas as informações são ali colocadas, ou seja, o subconsciente registra tanto os maiores quanto os menores fatos da vida, mas não somente os fatos como também as emoções sentidas durante a vivência desses fatos. São esses arquivos registrados na nossa memória que com o passar dos tempos geram a personalidade do ser depressivo, pois SOMOS O QUE PENSAMOS SER.

    Os efeitos de uma depressão poderão ser devastadores para o seu portador e para aqueles que fazem parte do seu universo. Com o espírito doente as forças orgânicas perdem as resistências e com as defesas comprometidas poderão ser dominadas pelos “invasores”. Vencidas as resistências orgânicas o corpo terminará por enfermar-se também. Sendo assim um depressivo poderá vir a sofrer, dentre outros males, estes: distúrbios digestivos; úlceras; disritmias cardíacas; problemas hepáticos; disfunções intestinais; manifestações cancerígenas; estados degenerativos graves; infecções; alergias; oscilações de pressão arterial; agravamento de problemas já existentes; comprometimento do metabolismo geral; e etc.. Poderá também ocorrer a somatização, isto é, os distúrbios emocionais/espirituais terminarão por se projetar no corpo orgânico e quando isto ocorrer somente os tratamentos orgânicos não serão suficientes. Será necessário, sobretudo socorrer a ALMA, para assim eliminar a causa desencadeadora do problema e não somente tentar tratar os seus efeitos.

    A conseqüência mais terrível da depressão é o suicídio. Terrível e lamentável engano do ser que ao se suicidar acha que terminará com o seu sofrimento. Muito pelo contrário ele não somente não supera o seu problema como o terá agravado no além-túmulo.

    O tratamento: o tratamento parte da própria aceitação e da sua auto-cura. Ou seja, cure a si mesmo. Se você compreender e aceitar esse fato, mais facilmente conseguirá curar-se a si mesmo. Enquanto permanecer na atitude imatura ou comodista de transferir para o exterior ou para os outros a responsabilidade exclusiva pelo que lhe sucede, sua melhora demorará a chegar. Se você é responsável pelas suas dificuldades intímas, isto significa que em si mesmo estarão os recursos para auto-cura. Torne-se maduro emocionalmente, espiritualize-se, abandone o comportamento materialista, desapegue-se dos bens transitórios e das paixões terrenas, se conforme com os sentimentos de perda, perdoe-se sempre, não guarde ressentimentos, abandone sentimentos de culpa, abandone pensamentos negativos, confie em Deus, ore com fé, aceite-se, ame-se e ame ao próximo, ampare-se na sua família, recomece sempre que necessário, liberte-se de obsessões, procure ajuda profissional e espiritual.

     Lembre-se que o mudo verdadeiro é o mundo espiritual e que a vida terrena é uma simples passagem, uma escola onde aqui estamos para aprender a evoluir e dissipar de dentro de nós traumas que nos impeçam de evoluir. Com essa certeza, a vida assume real dimensão, enquanto a criatura adquire a mais profunda e verdadeira compreensão da sua existência, aceitando com mais facilidade a dinâmica do sofrimento. Estando assim, bem estruturada para o enfrentamento de todas as situações aflingentes.

    Enfim, trabalhe e viva, não se permitindo abater ou influenciar de maneira importante pelas situações desagradáveis, comuns a vida de todos nós. Se é compreensível que todos tenhamos aflições, isto de maneira nenhuma justifica que a todas elas nos entreguemos sem esforço de superação.

    Consciência tranqüila e prazer em viver, a maior conquista das pessoas livres e felizes.

Fontes: *Depressão, causas, conseqüências e tratamento. Autor Espírita Izaias Claro.
             *Escutanto sentimentos. Escrito por Wanderley S. de oliveira. Psicografado pelo espírito Ermance Dufaux.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

POEMA DE CRIANÇA


Andei arrumando meus armários hoje e encontrei um soneto que fiz quando tinha uns 14 anos mais ou menos. Resolvi postar aqui porque sempre achei bonitinho e demonstra a minha preocupação com o meio ambiente desde guriazinha. Please, não riam!!!

“Em um dia mirabolante
Não muito distante
Um sábio acabou prevendo
O que ninguém estava sabendo

Não haverá mais matas virgens para apreciar
Não haverá mais sombras para descansar
E o que faremos de nossas vidas?

Não haverá mais rios para nadar
Não haverá mais água limpa para tomar
E o que faremos de nossas vidas?

E para onde foi todo esse verde?
E o que aconteceu com as águas fluentes?
Ninguém sabe; ninguém viu
Foi o HOMEM que destruiu tudo, e sorriu..."  

Apesar de ter feito quando menina o soneto está bem estruturado com 14 versos, com rimas emparelhadas, composto por 2  quartertos e 2 tercetos, só não tem o mesmo número de sílabas poéticas em cada verso, mas daí já é querer demais para uma menininha ;).

domingo, 5 de dezembro de 2010

O MEDO DE RELACIONAMENTOS


         Após uma conversa com uma amiga que acabou de conhecer um cara novo que preenche todos os requisitos que ela busca em um companheiro, porém mesmo parecendo estar sendo correspondida está com medo do que há por vir. Resolvi tentar entender o que se passa na cabeça das pessoas.
Vamos analisar o caso dela. Está solteira, gostou das primeiras impressões físicas e intelectuais, ele também está solteiro, está interessado, eles gostam das mesmas coisas, a conversa flui naturalmente, tiveram química. Mesmo assim o sentimento de medo está presente, e por quê? Por que não entrar de cabeça nesse romance? Por que ter medo do que não se sabe o quê?
Será que é o medo de pensar que um dia irá acabar? Ou o medo de sofrer uma decepção? Ou uma desilusão amorosa? Ou o medo de se envolver mais que a outra pessoa? Medo de não corresponder as expectativas do outro? Medo de não saber o que vai ser da sua vida? Não interessa qual seja a base do medo porque ao meu ver todas levam para o mesmo caminho. O medo do futuro, do inesperado!
As pessoas sentem medo porque sofrem por antecipação. Porque não vivem o presente, já querem pular para tentar prever o que irá acontecer no futuro ao invés de somente deixar a vida levar e esperar os acontecimentos. E assim, esquecem de que são elas mesmas que irão arquitetar a sua vida, o seu futuro estará em suas próprias mãos.
O medo nada mais é do que a reflexão da sua própria insegurança pessoal e a sua ansiedade com o que há por vir. Mas você é capaz de neutralizar esse medo e seguir em frente, basta lembrar-se da lei primordial da atração. Logo se você tem medo de desastres, de doenças, de infortúnios, você estará criando na sua mente esse tipo de situação e a atrairá para si. O que não é diferente quando falamos em relacionamentos.
Sendo assim para eliminar pensamentos negativos basta trocar a sintonia do seu canal mental, substituindo o medo pela coragem, a tristeza pela alegria e assim por diante. Não esqueça de que é capaz sempre, porque o poder está na nossa mente.
Não se organize pela cronometragem do tempo, este é mero sinaleiro de sua trajetória. Candidate-se a vitórias, seja uma pessoa vencedora nas batalhas internas do seu ser. Caminhe em direção a felicidade. Aproveite as oportunidades que o mundo lhe ofereça, não as desperdice por medos infundados. Lembre-se que as provas e dificuldades não são fins, mas meios para alcançar a plenitude do seu potencial evolutivo.
Portanto quando conhecer uma pessoa que balance o seu ser preenchendo seus requisitos básicos e por ela se sentir correspondido. Dê-se uma chance, aprofundando seu querer de amar e ser amado, retribuir sendo retribuído, destruindo barreiras, dissipando sombras de um passado conturbado e infeliz para assim despertar somente alegrias. Não tenha medo do futuro, apenas viva o seu presente com bastante sabedoria. ;)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O PODER DA FALA

    Você já se deu conta do poder que tem a sua palavra? Já parou para pensar no que está falando por aí? Se o que você está falando para as pessoas vai ajudar ou prejudicar alguém? Muitas vezes não dos damos conta do grande e implacável poder que possuem as palavras ditas.

    A nossa fala tem a força dos intensos arremessos, viaja como as ondas sonoras de longo alcance e produz impactos incalculáveis no ouvido de quem ouve, provocando respostas inimagináveis no campo das responsabilidades dos que falam.

    Pela fala podemos construir momentos de intensa leveza e harmonia para quem escuta, podemos planejar um futuro de felicidade verdadeira, podemos amenizar desavenças, gerar reconciliações, diminuir sofrimentos com um conselho positivo, intuir sempre o bem ao próximo. Mas também podemos tecer momentos de extrema dor, de suplícios e de lutas insanas quando incentivamos as discórdias, quando colocamos “lenha na fogueira”, quando geramos calúnias, quando através de um conselho errôneo geramos o sofrimento alheio. E assim sempre que a nossa fala prejudicar alguém, direta ou indiretamente, estará arrastando vidas ao sofrimento indesejável, podendo até projetá-las em quedas intermináveis nos desfiladeiros da vida.

    Quando falamos o pensamento verbalizado já não nos pertence mais, ele foi, viajou. A partir daí, a fala se “introjeta” no ouvido de quem ouve, passando a pertence-lhe e nesse momento não dá mais para “desfalar”, não tem como desmanchar a fala. O que podemos é re-falar, pedir desculpas, mas ainda assim não podemos nos esquecer de que a fala já foi falada e a pessoa já captou e anexou ao seu psiquismo, conforme suas condições pessoais de absorção e entendimento da situação.

    Na dúvida opte sempre pelo silêncio! É por isso que temos dois ouvidos e uma boca somente, para falar menos e escutar mais. Nunca se esqueça de que a fala tem o poder de mudar muitos caminhos, altera destinos, pode tanto criar um universo de grandes oportunidades quanto um abismo de destruições.

    A fala tem o poder de construir grandes castelos, e estes poderão nos levar aos campos doloridos de batalhas e derrotas, de pessimismos, de tramas impiedosas, de infelicidades, de inverdades, de ilusões e fantasias. Lembrando que todo o campo mental construído pela fala produzirá efeitos na vida das pessoas e aquilo que por ventura vier a causar dificuldades e sofrimentos, certamente irá ser reclamado a recomposição através do tempo, da lei de ação e reação e da lei dos carmas.

    Assim, no que se refere ao exercício da palavra tenhamos sempre a certeza de que aquilo que for semeado hoje nos campos férteis da vida crescerá em um breve amanhã. E a colheita vai depender da semeadura, podendo ser de flores perfumadas ou frutos frondosos que ajudarão a caminhada evolutiva do ser que ajuda ao próximo com sua palavra amiga e sincera; ou cheia de espinhos mortais que prejudicando a que ouviu fere com o seu veneno letal o crescimento espiritual de quem falou.